quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Texto: Carinhos Quentes

UMA ESTÓRIA DE CARINHO
Era uma vez, há muito tempo, um casal feliz, Antônio e Maria, com dois filhos chamados João e Lúcia. Para entender a felicidade deles, é preciso retroceder àquele tempo.
Cada pessoa, quando nascia, ganhava um saquinho de carinhos. Sempre que uma pessoa punha a mão no saquinho podia tirar um Carinho Quente.
Os Carinhos Quentes faziam as pessoas sentirem-se quentes e aconchegantes, cheias de carinho.
As pessoas que não recebiam os Carinhos Quentes expunham-se ao perigo de pegar uma doença nas costas que as faziam murchar e morrer.
Era fácil receber carinhos quentes. Sempre que alguém os queria, bastava pedi-los.
Colocando-se a mão no saquinho surgia um carinho do tamanho da mão da criança.
Ao vir à luz o carinho se expandia e se transformava em um grande Carinho Quente que podia ser colocado no ombro, na cabeça, no colo da pessoa. Então se misturava com a pele e a pessoa sentia-se toda bem.
As pessoas viviam pedindo Carinhos Quentes umas às outras e nunca havia problemas para consegui-lo, pois eram dados de graça. Por isso todos eram felizes e cheios de carinho, na maior parte do tempo.
Um dia uma bruxa má ficou brava porque as pessoas, sendo felizes, não compravam as poções e ungüentos que ela vendia. Por ser muito esperta, a bruxa bolou um plano muito malvado.
Certa manhã ela chegou perto de Antônio enquanto Maria brincava com a filha e cochichou ao seu ouvido:
“Olha Antônio, veja os carinhos que Maria está dando a Lúcia,se ela continuar assim vai consumir todos os carinhos e não sobrará nenhum para você".
Antônio ficou admirado e perguntou:
"Quer dizer que não é para sempre que existe Carinho Quente na sacola?"
E a bruxa respondeu:
"Eles podem se acabar e você não ganhará mais". Dizendo isso a bruxa foi embora montada na sua vassoura, gargalhando muito.
Antônio ficou preocupado e começou a reparar cada vez que Maria dava um Carinho Quente para outra pessoa, pois temia perdê-los. Então passou a queixar-se a Maria, de quem gostava muito, e Antônio também parou de dar carinho aos outros, reservando só para ela.
As crianças perceberam e passaram também a economizar carinhos, pois entenderam que era errado dá-los. Todos ficaram cada vez mais mesquinhos. As pessoas do lugar começaram a sentir-se menos quentes e acarinhados e alguns chegaram a morrer por falta de Carinhos Quentes. Cada vez mais gente ia à bruxa para conseguir ungüentos e poções.
Mas a bruxa não queria realmente que as pessoas morressem porquê se isso ocorresse, deixariam de comprar poções e ungüentos: inventou um novo plano. Todos ganhavam saquinhos que eram muito parecidos com o saquinho de Carinhos, porém era frio e continha Espinhos Frios. Os espinhos frios faziam as pessoas sentirem-se frias e espetadas, mas evitava que murchassem.
Daí para frente, sempre alguém dizia: "Eu quero um Carinho Quente", aqueles que tinham medo de perder o suprimento respondiam: "Não posso lhe dar um Carinho Quente, mas se você quiser, posso lhe dar um Espinho Frio".
A situação ficou muito complicada porque, desde a vinda da bruxa havia menos Carinhos Quentes para se achar e estes se tornaram valiosíssimos. Isto fez com que as pessoas tentassem de tudo para consegui-los. Antes de a bruxa chegar às pessoas costumavam se reunir em grupo de três, quatro, cinco sem se preocuparem com quem dava carinho para quem. Depois que a bruxa apareceu, as pessoas começaram a se juntar aos pares, e a reservar todos os seus carinhos exclusivamente para o parceiro. Quando se esqueciam e davam um carinho quente para outra pessoa, logo se sentiam culpadas. As pessoas que não conseguiam encontrar parceiros generosos precisavam trabalhar muito para conseguir dinheiro para comprá-los.
Outras pessoas se tornavam simpáticas e recebiam muitos Carinhos Quentes sem Ter que retribuí-los. Então passavam a vendê-los aos que precisavam deles para sobreviver. Outras pessoas, ainda, pegavam os espinhos frios, que eram ilimitados e de graça, cobriam-nos com cobertura branquinha e estufada, fazendo-os passar por Carinhos Quentes. Eram na verdade carinhos falsos, de plástico, que causavam novas dificuldades.
Por exemplo, duas pessoas se juntavam e trocavam entre si, livremente, os seus Carinhos de Plástico. Sentiam-se bem num primeiro momento, mas logo depois se sentiam mal. Como pensavam que estavam trocando Carinhos Quentes, ficavam confusas.
A situação, portanto, ficou muito grave.
Não fazia muito tempo, uma mulher muito especial chegou ao lugar. Ela nunca tinha ouvido falar da bruxa e não se preocupava que os Carinhos Quentes acabassem. Ela os dava de graça, mesmo quando não eram pedidos. As pessoas do lugar desaprovavam sua atitude porque essa mulher dava às crianças a idéia de que não deviam se preocupar com que os Carinhos Quentes acabassem, e a chamavam de Pessoa Especial porque se sentiam bem em sua presença e passaram a dar Carinhos.
Quentes sempre que tinham vontade.
Os adultos ficaram muito preocupados e decidiram impor uma lei para proteger as crianças do desperdício dos seus Carinhos Quentes. A lei dizia que era crime distribuir Carinhos Quentes sem uma licença. Muitas crianças, porém, apesar da lei, continuavam a trocar Carinhos Quentes sempre que tinham vontade ou alguém os pedia. Como existiam muitas crianças, parecia que elas prosseguiam o seu caminho.
Ainda não sabemos dizer o que acontecerá.
As forças da lei e da ordem dos adultos forçarão as crianças a parar com sua imprudência?
Os adultos se juntarão à Pessoa Especial e às crianças e entenderão que sempre haverá Carinhos
Quentes, tantos quantos forem necessários?
Lembrar-se-ão dos dias que os Carinhos Quentes eram inesgotáveis porque eram distribuídos livremente?


Dinâmica:

Explicar ao grupo que você vai contar uma história, e que conta com a imaginação de todos para viajar no tempo que a história se passa.
Enquanto uma pessoa faz a leitura do texto uma outra pessoa passa suavemente um algodão no rosto de cada educador e em seguida envolve em um abraço...
Quando a história terminar o grupo pode compartilhar o que cada um sentiu.

Projeto:Cantinhos Lúdicos

Tema: Cantinhos lúdicos

Público alvo: alunos da fase II e III

Justificativa: O projeto cantinhos lúdicos favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e principalmente a interação e o respeito pelos amigos. De uma forma lúdica e de vivência, estimulando o a criatividade, auxiliando as crianças no processo de construção do conhecimento.

Objetivo:
Promover a socialização e o respeito mútuo entre as crianças.
Desenvolver a autonomia do aluno
Proporcionar um tempo maior e diversificado para brincar.
Valorização do brincar na escola.
Construção de proposta de trabalho a partir das manifestações das crianças
Analisar as ações e reações das crianças frente ao que lhe é proposto no tempo e espaço
Redefinição do uso do tempo e do espaço segundo a manifestação das crianças
Cantinho da música: desenvolver nos alunos o gosto pela música, conhecer e diferenciar os sons,
Cantinho da história, Incentivar a leitura e o comportamento leitor, ampliar o repertório de histórias.
Cantinho da tecnologia, conhecer alguns meios de comunicação e sua evolução, perceber sua utilidade e importância.
Cantinho da beleza, elevar a auto estima do aluno, conhecer suas características, respeitar a diversidade.
Cantinho da fantasia, proporcionar um universo de sonho e fantasia, estimular a imaginação, trabalhar a integração entre os alunos.
Cantinho do mercado, desenvolver o raciocínio lógico, disponibilizar produtos diversos para trabalhar sua utilidade, desenvolver a noção de valores e consumo.
Cantinho da massinha estimular a criatividade ,desenvolver a coordenação motora.
Cantinho da feira
Cantinho da sucata estimular a produção das crianças através de materiais de tipos, tamanhos e cores variados
Cantinho do médico
Cantinho do desenho ampliar as possibilidades de pesquisa, valorizando a exploração gráfica
Cantinho dos jogos desenvolver o raciocínio lógico, atenção, concentração, a memorização, agilidade e principalmente a capacidade de observação enquanto brincam .

Etapas:
-Observar as manifestações dos alunos
-Realizar registro escrito a respeito do desenvolvimento dos alunos durante os cantinhos
-Observar os materiais que faltam nos cantos e providenciar
-Apresentar essa proposta de trabalho aos pais.
Trabalhar cada seqüência durante três semanas
1ª seqüência-música, história, tecnologia, salão de beleza, fantasia, mercado.
2ª seqüência – massinha, feira, médico, sucata, história, desenho, jogos.
3ª seqüência – casinha,

Tempo previsto: Quatro meses


Materiais necessários: chocalho, flautas, violão, cítara, tampas de panela, bumbolatas, esmalte, batom, gloss, escova, pente, espelho, computadores, telefone, celular, teclados, recipientes vazios de leite, achocolatado, margarina, detergente, sabão, dinheiro falso, fantoches, livro de histórias, almofadas, lenços, fantasia de bruxa, princesa, príncipe entre outras.

Fechamento do projeto:
Iremos finalizar o projeto com uma exposição das fotos e vídeos criados ao longo do trabalho.
Realizar um encontro onde os pais possam brincar com seus filhos fazendo uma escala, para que todos participem dos cantinhos lúdicos.

Avaliação:
- Participação dos alunos e dos pais
- Envolvimento de toda a escola
- Interação entre os alunos
- Todos devem ter acesso aos diversos tipos de jogos e brincadeiras, tanto livres como de regras simples, promovendo assim o desenvolvimento do raciocínio lógico de todo o grupo, respeitando a etapa de desenvolvimento individual de cada criança.
- Faz uso dos cartazes, fotos e materiais dos cantinhos como recurso para suas explicações.

Pauta HTPC portifólio do aluno

Pauta – HTPC
Tema: Portfólio do aluno
-Analisar um modelo de portfólio do aluno
1- Produções do aluno
2- Projetos
3- Avaliação escrita sobre o aluno
4- Anexar a avaliação da SE
5- Fotos e comentários para ilustrar o desenvolvimento do aluno durante as atividades
- Separar todos os materiais para o encontro

Pauta para HTPC portifolio

Pauta – HTPC
Tema: Portifólio
- Texto para estudo
- Analisar o modelo de portfólio do professor
- Conhecer e elaborar as características do portfólio
1-Objetivo do professor
2-Perfil da classe
3-Listagem dos alunos
4-Tipo de avaliação
5-Gráfico do desempenho
6- Trabalhos desenvolvidos (selecionar uma atividade de cada aluno)
7- Projetos
8- Avaliação final

Pauta para HTPC Artes

Pauta – HTC
- Tema: A importância do desenho.
- Leitura: Os recados de Bruna nos desenhos que constrói.
- Reflexão: Sabemos que o desenho é uma forma de linguagem, da qual o aluno utiliza para se expressar, de que forma você tem proporcionado esse momento ao aluno? Registre essa experiência e tudo que observou.
- Rede de idéias: Compartilhar com o grupo sua reflexão
- Produção: Peça para que dois dos seus alunos desenhem em seu caderno (Iremos utilizar no próximo encontro)
- Semanário serão entregues toda sexta- feira

Pauta para HTPC

Pauta – HTPC
Tema: Cantinhos lúdicos
- Analisar os cantos através das fotos e registros feitos
Cite suas intervenções durante a realização do trabalho com cantos
O que faltou no seu cantinho?
Conte como foi o primeiro contato dos alunos durante essa atividade
-Texto para estudo- No campo do simbólico
- Pesquisar e montar o projeto de canto lúdico (entregar dia 28/08)

Pauta para HTPC

Pauta HTC

Tema: O desenho – Imitação e cópia
Leitura: Primeiro movimento
Reflexão: Imitação e cópia
Produção escrita: A partir da reflexão sobre arte, de que modo você irá preparar a sala para a aula de arte? Que materiais são oferecidos? Há exposição de trabalhos de alunos? Que outras imagens há na parede? Como é feita a organização do espaço? Há referências, obras de arte?


Primeiro Movimento

Adoro o barulho da pilha de caixas que se desfaz no chão. Não me importo de montá-la muitas vezes.
Antes eu passava muito tempo olhando para as minhas próprias mãos, talvez nem soubesse quem eram minhas mesmo. Com elas batia feliz no móbile acima do meu berço e sacudia os chocalhos.
Escutava os sons; gostava também de brincar com eles, dançando no berço, cantando e experimentando todos os sons de minha boca e as possibilidades de movimento do meu corpo. Diverti todos, menos minha mãe, quando aprendi a vibrar meus lábios, criando um incrível “chuveiro”
Adoro rasgar papel e espalhar as páginas de uma revista.
Sou também um imitador e um bailarino dos bons. Já sei que caneta ou um lápis servem para riscar, e assim vou preenchendo papéis e, se me deixam as paredes. No começo eu não percebia que podia comandar o traço que saía do lápis. Depois percebi que podia controlá-lo e brincava repetindo o ziguezague em todos os sentidos. Comecei também a pesquisar as formas arredondadas, e fui criando o que minha “vó” diz que são novelos. Experimentei também colocar esses desenhos em vários cantos do papel.
Hoje eu gosto mesmo é de inventar formas. Faço grandes bolas, triângulos e quadrados. Na escola fizemos um livro de formas. E olhei também muitos pintores que pintam quadros, e meus colegas, que fizeram formas parecidas com as minhas.
Brinco com massinha. Explorando, como dizem os mais velhos, o tridimensional. No começo eu só amassava massinha ou barro. Hoje eu faço bolinhas e rolinhos comprimidos, que os grandes chamam de cobrinhas. Gosto de ver as formas que faço conforme vou mordendo a banana, ou o biscoito. É divertido!
Não me deixam muito brincar com tintas. Gosto de espalhar em minhas mãos, sentir sua textura e seu cheiro. É gostoso espalhar no papel!
Quando me perguntam o que estou desenhando vou inventando coisas. Outro dia respondi que era “um vermelho” e “um verde” e a professora ficou só me olhando. Acho que ela queria que eu inventasse outra coisa.
Adoro “fazer música” e descobri que todos os materiais podem ser instrumentos musicais: as panelas de cozinha, a mesinha da sala, baldes, o chão e também, os instrumentos de verdade que temos na escola. Gosto de inventar, experimentar tocar e ouvir os sons produzidos, de descobrir diferenças entre eles e não consigo entender porque sempre me perguntam que música está tocando? Será que só devemos tocar as músicas que já estão prontas?

Imitação e cópia

A imitação é uma forma importante de aprendizagem. Assim como imita o gesto e o som a criança imita a ação adulta de riscar no papel. Seu interesse está no gesto, que imita com muito prazer, não na intenção daquilo que o adulto está fazendo. Imita a ação: o agir, escrever, desenhar, cantar, dançar, tocar... A importância está na própria ação, e é isso que imita.
Para além da imitação, contudo, há uma reação estética. É importante lhe oferecer oportunidades de contatos sensoriais e perceptivos com o mundo da natureza e da cultura humana.
Infelizmente, há uma pressa para que a criança deixe logo as garatujas e passe para os desenhos reconhecíveis. Para algumas pessoas, só há desenho quando a criança faz o figurativo. Só há música quando existe uma melodia definida. Antes disso é só rabisco ou barulho. Como se essas manifestações não fossem sumamente importantes!
Nossa tarefa maior como, como educadores dessa faixa etária, é ampliar as possibilidades de pesquisa, valorizando a exploração gráfica, plástica, tátil, sensorial, sonora, corporal, desafiando a criança com projetos propostos a partir da observação atenta e sensível de sua própria ação.
O que acontece quando você testa pela primeira vez uma caneta? Não são garatujas?
Esse é o modo intuitivo de estar no mundo, o desejo de experimentar e arriscar, que vai acompanhar a criança. E ainda não há uma obrigação de representar algo.